O Brasil se tornou o centro das atenções mundiais ao sediar a COP-30 — a grande conferência sobre o clima que promete discutir o futuro do planeta. Cenas de líderes globais abraçando causas ambientais, discursos emocionados sobre sustentabilidade e manchetes exaltando a “luta contra o aquecimento global” inundam os noticiários.
Não se iludam meus caros leitores, a chamada “Agenda 2030
das Nações Unidas”, que define metas globais de “sustentabilidade”, já deixou
claro o seu verdadeiro propósito: transformar cada cidadão em uma peça de um
tabuleiro onde a liberdade individual é o preço a pagar pela “preservação
ambiental”. O discurso é bonito — limitar o consumo de combustíveis fósseis,
reduzir o uso da carne vermelha, economizar energia e água —, mas o resultado é
cruel: cria-se um modelo de sociedade em que os ricos continuam livres,
enquanto os pobres são vigiados, taxados e punidos. Perversidade? Não tenho
dúvidas.
O verde que controla
A COP-30 é apresentada como o palco do diálogo entre nações,
mas, na prática, tem funcionado como um fórum de legitimação de políticas
restritivas. As medidas propostas para “reduzir a pegada de carbono” implicam
em vigiar hábitos, impor cotas e transformar cada gesto cotidiano — dirigir,
comer, viajar, consumir — em algo a ser contabilizado e eventualmente punido.
Querem o controle de nossas vidas, esse é o real intuito desse “sistema”.
Enquanto bilionários cruzam os céus em jatinhos
particulares, a população é orientada a andar de bicicleta, desligar o
ar-condicionado e comer menos carne. As restrições que se anunciam como “boas
práticas ambientais” acabam se tornando instrumentos de controle social, e o
ambientalismo, antes nobre e necessário, passa a servir como disfarce para uma
nova forma de dominação.
O peso da hipocrisia
A contradição é gritante. Se o objetivo é reduzir o impacto
ambiental, por que não taxar os grandes emissores de carbono, as
megacorporações e as indústrias que realmente degradam o planeta? Por que o
foco recai sempre sobre o cidadão comum, sobre o trabalhador que precisa de um
carro para se deslocar, ou sobre a dona de casa que mal consegue pagar a conta
de luz? A resposta é simples e incômoda: porque o discurso ambiental é, hoje,
uma ferramenta de poder. O medo climático é explorado para justificar novos
impostos, novas regras e novas formas de vigilância, em suma, nós pagamos as
contas, como sempre, para o sistema nos controlar. Controlar o consumo é
controlar o comportamento. E, pasmem, quem controla o comportamento humano,
controla a sociedade, é assim desde o começo dos tempos meu caros.
Tecnologia, não política
O planeta está mudando — isso é fato. A temperatura pode
estar aumentando, os ecossistemas estão sob pressão, e o ser humano tem, sim,
responsabilidade sobre isso. Mas o caminho para a solução não está em
conferências, protocolos ou discursos políticos. Está na ciência e na
tecnologia.
A história humana sempre foi marcada pela capacidade de
inovar diante das crises. Da revolução industrial à era digital, o progresso
sempre surgiu da mente criativa e livre — não de regulamentos impostos por
burocratas. Já fizemos campanha, num tempo não tão remoto assim, contra a
burocracia. Tínhamos até um lema: Ou o Brasil para com a burocracia, ou a
burocracia para com o Brasil. Acho que a segunda hipótese está vencendo.
E não é ser contra ou a favor dos combustíveis fósseis,
nesse caso os burocratas pensaram na própria economia do País. Se a Guiana
explora petróleo do outro lado, sua economia está rica, porque aqui não? Mas
não fiquem com o discursinho do: “Façam o que eu falo, mas não façam o que eu
faço”.
O controle travestido de salvação
Não se trata de negar o problema ambiental — mas de
questionar quem lucra com a solução proposta. E, neste cenário, a
resposta quase sempre aponta para os mesmos grupos: políticos, bilionários e
corporações que transformam o medo em moeda.
A verdadeira sustentabilidade
O futuro não será salvo por decretos nem por conferências. O
verdadeiro caminho sustentável passa pela liberdade, pela inovação e pela
responsabilidade individual autêntica, não imposta. Precisamos de menos
retórica e mais incentivo ao desenvolvimento tecnológico, à pesquisa, à
criatividade e à autonomia energética. Só assim o ser humano poderá proteger o
planeta sem sacrificar a própria dignidade.
E, para encerrar, a COP-30 simboliza o embate entre
dois projetos de futuro: um que acredita no poder da liberdade e da
inteligência humana, e outro que aposta no controle e na obediência. Cabe a nós
escolher de que lado queremos estar — do lado da evolução ou da submissão.



