SEU VOTO VALE UMA NAÇÃO
DIGNA
Com ranço da ditadura,
constituintes de 1988 fizeram uma Constituição chamada de Cidadã, Constituição
essa que tirou todos os poderes do Poder Executivo e os deu ao poder
Legislativo.
Não escolhemos, em teoria, o
sistema parlamentar, mas, na prática, acabamos por ver que o Brasil é um
sistema parlamentarista de coalizão, onde o presidente que assume não consegue
fazer nada, ele é totalmente engessado pela própria Constituição.
O povo não se deu conta
dessa realidade e ficam debatendo, sempre, a eleição e a mudança do Presidente
da República quando se avizinha alguma crise usando, muitas das vezes, o impeachment
e acham que a mudança de Presidente da República vai ter algum significado
prático para nossa economia ou mazelas geradas exatamente por inércia do próprio
Congresso.
Quem faz as leis é o
Congresso, quem autoriza o orçamento da União é o Congresso, o Congresso cria
órgãos, podem declarar guerra, na verdade quem tem o poder é o Congresso. Um
presidente sem os conchavos dos congressistas não consegue governar, então quem
governa esse país é o Congresso. Poder executivo? Não manda nada.
Temos um parlamento com 513
Deputados, 81 Senadores, onde se dividem em bancada da bala, bancada cristã,
bancada ruralista, bancada social, bancada econômica, bancada disso e daquilo,
fora os lobistas econômicos trabalhando para os grandes conglomerados, bancos
por exemplo. Presidente? Um mero fantoche, sem nenhuma autonomia, onde todos os
pontos sensíveis do país passam pelo congresso. Onde está o problema então
depois dessa reflexão? O problema está em nós, o povo, que continuamos elegendo
seres imprestáveis para, exatamente, cuidar de tudo isso que eu citei. Elegemos
Cantor de música sertaneja porque ele é massa, elegemos uma jogadora de Vôlei
porque é bonitinha e ganhou uma olimpíada, um pastor porque é da igreja tal, um
amigo porque ele é do bairro. E o pior, a maioria nem se lembra em quem votou
na última eleição para senador, deputado ou vereador.
Então meus caros amigos, a
mudança ainda está em nós, votar não é somente um simples ato social, mas um
direito do cidadão de poder escolher, dentre os seus, aquele que melhor poderá representá-lo
em todas as esferas da administração pública. O voto consciente de que aquele
poderá fazer o melhor pela nação e não para satisfazer seus próprios anseios.
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