quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

ACENDEU O FÓSFORO E FECHOU A PORTA


A decisão em caráter liminar do Ministro Marco Aurélio de Melo chega a ser uma “MOLECAGEM”, para não dizer outra coisa. Segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça, com base na mais recente edição do Banco Nacional de Monitoramento de Presos (BNMP 2.0), ¼ dos presos cumprem pena por determinação de Juízo de Segunda Instância, 40% dos detentos cumprem prisão provisória e apenas 35% foram condenados em execução definitiva. Mas vou mais além, esses dados não podem refletir a realidade das prisões, pois a grande maioria está cumprindo pena com direito às Instâncias Superiores, mas lá na frente acabam com a pena transitado em julgado por não terem advogados particulares. A Defensoria não vai além da decisão em 2ª Instância. Dessa forma, com uma população de 602.000 presos, acredito que pelo menos 240.000 presos teriam o direito de, após pedido (pois teriam que ser individual) saírem da cadeia e ficarem aguardando por anos a fio o julgamento final de seu processo. A insegurança jurídica está há um passo da realidade. O Ministro, na entrada do recesso forense, acendeu o fósforo e fechou a porta.

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