segunda-feira, 4 de março de 2024

A FOME É UM PROJETO DE PODER. É MAIS AINDA, É UM CICLO VICIOSO DA POLÍTICA E DA NECESSIDADE

 A FOME É UM PROJETO DE PODER

 

É MAIS AINDA, É UM CICLO VICIOSO DA POLÍTICA E DA NECESSIDADE

 

No palco complexo e intrincado da política, a fome emerge como uma ferramenta de poder extraordinariamente eficaz, moldando destinos, influenciando eleições e perpetuando dinastias políticas. Neste sucinto artigo, explorarei a intrincada conexão entre a escassez de alimentos, a promessa política e o ciclo vicioso que mantém as massas famintas sob o domínio político.

 

É fato que o desespero alimenta a máquina política, pois a fome, além de ser uma experiência humana dolorosa, torna-se uma força motriz de desespero. Quando as pessoas estão privadas do básico, como alimento, suas mentes são consumidas pela urgência do momento. O desespero resultante não apenas ofusca a visão de longo prazo, mas também cria um terreno fértil para a manipulação política. É nesse contexto que os políticos habilmente entram em cena como artífices do desespero ou solucionadores de problemas.

 

A cada quatro anos, os políticos se erguem diante do público com promessas de combater a fome, utilizando estratégias que variam de distribuição de cestas básicas a ofertas de assistência médica e dental. Esses gestos altruístas, entretanto, muitas vezes se revelam como meros paliativos destinados a aliviar o sofrimento imediato, sem abordar as causas profundas da fome num círculo vicioso da promessa e da perpetuação no poder. Ao distribuírem dentaduras, camisas para times de várzea e outros favores superficiais, os políticos criam um vínculo emocional e de dependência com a população faminta. Esse elo é crucial para a perpetuação no poder. A cada eleição, as promessas se repetem, alimentando a esperança efêmera de mudança, enquanto os líderes se mantêm no poder, transformando a assistência temporária em uma plataforma de longo prazo.

 

Ao enxergar o desperdício alimentar notamos o paradoxo nacional, pois num país abundantemente agrícola, a coexistência paradoxal de fome e desperdício alimentar revela a dimensão do problema. O abastecimento alimentar substancial coexiste com a incapacidade de muitos em ter acesso a alimentos básicos. A matemática dessa equação é simples e assustadora: a fome é, de fato, um projeto de poder.

 

Devemos, urgentemente, romper as correntes da fome política e conscientizar-mos que esse ciclo vicioso é o primeiro passo para romper as correntes da fome política. É imperativo que a sociedade exija soluções de longo prazo, baseadas em políticas alimentares sustentáveis e inclusivas. Somente ao quebrar esse ciclo, asseguraremos que a fome não seja mais uma arma de poder, mas sim uma lembrança do passado, superada pela cooperação e pela visão de um futuro mais justo e equitativo. 

 

MAS FICA O ALERTA: “A FOME É UM PROJETO DE PODER”.

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