quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

CHEGUEI AOS 60 ANOS... E???

Há pouco tivemos uma epidemia de Febre amarela. Qual foi a solução? Vacinar a população. Crimes bárbaros foram acontecendo. Qual a solução? Lei dos Crimes Hediondos. Violência contra as mulheres. Solução? Lei Maria da Penha. Maus tratos ao idoso. Solução? Estatuto do Idoso.
Pergunto: Acabou a febre amarela? Não se cometem mais crimes hediondos? A mulher agora está protegida pela lei Maria da Penha? O idoso passou a ser respeitado depois do Estatuto do Idoso? Nem preciso responder meus caros leitores.
A vida inteira ouvi dizer que os jovens seriam o futuro do Brasil. Hoje, tal afirmação já não pode ser feita. O país deixou de ser jovem, temos, pelo menos, 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade e, por volta de 2025, o Brasil terá cerca de 34 milhões de pessoas acima de 60 anos, o que representará a sexta maior população idosa do planeta.
O Estatuto do Idoso, pretende assegurar ampla proteção aos idosos, garantindo-lhes condição de vida digna e o exercício pleno da cidadania, com prioridade no atendimento junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população. Contudo, às empresas e à sociedade em geral incumbe também dar maior efetividade aos direitos deles e, por outro lado, os próprios idosos devem ser conscientizados da necessidade de cobrar dos entes públicos, dos empresários e da comunidade seus direitos, pois só assim se farão ouvir, procurando gozar ao máximo das prerrogativas e privilégios que lhes são assegurados pela lei.
Num país como o Brasil, onde a população envelhece de forma artificial, ou seja, o processo não decorreu de políticas públicas voltadas para a qualidade de vida da população, mas de intervenções tecnológicas médicas, ou seja, remédios, vitaminas e suplementos, é fato preponderante e urgente aprovar medidas especiais aos idosos de modo a ser garantido o direito à alimentação, à saúde, à segurança, à moradia, à educação e, sobretudo, o direito ao trabalho digno.
Repiso, sempre, a referência ao trabalho na terceira idade, pois dele decorre outros direitos sociais voltados ao bem-estar da população idosa. Atualmente existe uma discriminação, para não falar em uma verdadeira exclusão social ao trabalho do idoso. Poucas são as empresas voltadas para uma inclusão do idoso ao mercado de trabalho, mas, muitas vezes, a tecnologia e a globalização tornam-se uma barreira a ser derrubada com um melhor aproveitamento do idoso no mercado de trabalho.

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